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Rosalind Franklin

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       Rosalind Elsie Franklin nasceu em 25 de julho de 1920 em Londres, Inglaterra e foi a segunda dos cinco irmãos. Desde a infância Rosalind mostrava aptidão para matemática e ciências, as quais orientaram sua escolha pela graduação em físico- química em Newnham College, faculdade feminina da Universidade de Cambridge. Sua formação inicial foi fortemente influenciada pela Segunda Guerra Mundial. Alguns de seus professores foram trabalhar pela guerra e alguns estrangeiros foram detidos.

     Após a formatura, Rosalind recebeu uma bolsa de estudos do Departamento de Pesquisa Científica e Industrial, onde permaneceu por um ano. Em 1942 começou a trabalhar na Associação Britânica de Pesquisa sobre Utilização de Carvão, em busca de esclarecer as microestruturas de vários carvões e carbonos e explicar por que alguns eram mais permeáveis ​​pela água, gases ou solventes e como o aquecimento e a carbonização afetavam a permeabilidade. Pesquisa que lhe rendeu trabalhos científicos e uma tese de doutorado em Cambridge, 1945.

             Com o fim da guerra, Rosalind foi trabalhar em um laboratório de Paris, onde aprendeu a analisar carbonos usando cristalografia de raios-x (também chamada de análise de difração de raios-x). Sua pesquisa ajudou a formar a base para o desenvolvimento de fibras de carbono e novos materiais resistentes ao calor.

       Em 1950, recebeu uma bolsa de três anos para voltar a Londres e investigar o DNA. Era esperado que Franklin trabalhasse ao lado de Wilkins, mas eles não se deram bem, pois Franklin não fora informada da parceria antes da contratação. Franklin e o estudante de graduação Raymond Gosling tiraram fotos de DNA de difração de raios-X e descobriram que havia duas formas (úmida e seca) que produziam imagens muito diferentes. Uma das fotografias, denominada por Franklin de “51”, teve papel essencial na determinação da estrutura de DNA, que foi proposta por Watson e Crick em um artigo publicado na Nature em abril de 1953.  

             Francis Crick e James Watson trabalhavam em um modelo teórico de DNA a partir dos resultados obtidos por vários pesquisadores e receberam informações cruciais sobre a estrutura do DNA a partir da foto 51 de Rosalind Franklin, a qual foi mostrada a eles por Wilkins, e de um resumo não publicado submetida ao Conselho de Pesquisa Médica da pesquisa de Franklin. Contudo, Watson e Crick não fizeram referência ao trabalho de Franklin ao publicaram seu estudo sobre a estrutura do DNA, desconsiderando assim suas contribuições.  Watson e Crick contaram com  informações acumuladas sobre o DNA para deduzir sua estrutura e postularam o modelo tridimensional da estrutura do DNA. O modelo consiste em duas cadeias de DNA helicoidais enroladas em torno do mesmo eixo para formar uma dupla-hélice de orientação à direita.

          Posteriormente a esse período, Rosalind transferiu sua bolsa de estudos para outro laboratório e voltou sua atenção para a estrutura dos vírus vegetais, principalmente o vírus do mosaico do tabaco. Em outono de 1956, Franklin foi diagnosticado com câncer de ovário, possivelmente causado por sua extensa exposição à radiação devido ao trabalho com cristalografia de raios-X. Foi submetida a cirurgias e outros tratamentos e nos períodos de melhora continuou trabalhando em seu laboratório. Apesar do tratamento não obteve a cura e faleceu em 16 de abril de 1958 aos 37 anos, deixando muitas contribuições para o desenvolvimento da ciência e seu exemplo enquanto mulher atuante em um ambiente, sobretudo naquela época predominantemente masculino.

 

Rosalind Franklin aos 3 anos

Fonte: U.S. National Library of Medicine/Coleção pessoal de Jenifer Glynn

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Rosalind Franklin com o microscópio

Fonte: U.S. National Library of Medicine/Coleção pessoal de Jenifer Glynn

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Franklin, com cerca de 12 anos, segundo da direita, com seus irmãos

Fonte: U.S. National Library of Medicine/Coleção pessoal de Jenifer Glynn

"A ciência e a vida cotidiana não podem e não devem ser separadas. A ciência, para mim, fornece uma explicação parcial da vida. Na medida em que é desenvolvida, é baseada em fatos, experiências e experimentos (...) "

 

Rosalind Franklin em uma carta para Ellis Franklin, verão 1940

Fonte: U. S. National Library of Medicine (NLM)

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Rosalind Franklin 

Fonte: arquivos do King's College London.

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O laboratório de Rosalind Franklin na Birkbeck College 

Fonte: U.S. National Library of Medicine/Coleção pessoal de Jenifer Glynn

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"Foto 51" de Rosalind Franklin 

Fonte: arquivos do King's College London.

Referências

NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

SILVA. M. R. As controvérsias da participação de Rosalind Franklin na construção do modelo da dupla hélice. scientiæ zudia, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 69-92, 2010.

SCHEID, N. M. J; FERRARI, N.; DELIZOICOV, D. A construção coletiva do conhecimento científico sobre a estrutura do DNA. Ciência e Educação, v. 11, n. 2, p. 223-233, 2005.

VISÃO Geral Biográfica. Biblioteca Nacional de Medicina (NLM), 2020. Disponível em: https://profiles.nlm.nih.gov/spotlight/kr/feature/biographical-overview. Acesso em: 27 de jul. de 2020.

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