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Geocentrismo e Heliocentrismo

 Componente curricular:                        Ciências

 Unidade Temática:                                 Terra e Universo

 Tema:                                                        Geocentrismo e Heliocentrismo

 Objetos do conhecimento:                   Composição; estrutura e localização do Sistema Solar no

                                                                    Universo;   Astronomia e cultura

 Habilidades trabalhadas:                      (EF09CI14)

 

          Sugestão de pergunta norteadora para a aula: Para onde vai o Sol durante a noite?

         Após a pergunta norteadora, reserve um tempo para que os alunos pensem e discutam entre eles, buscando formular hipóteses que atendam ao questionamento.

         O texto a seguir pode ser trabalhado diretamente com os alunos.

                                         

A Astronomia ao longo do tempo

              Jamais saberemos quando os homens pré-históricos notaram pela primeira vez os céus e quando começaram uma busca para sua compreensão. Mas é certo que isso foi feito um dia, inaugurando assim, um dos mais fascinantes ramos da ciência: a Astronomia (...) (NEVES e ARGUELLO, 1986, p. 13). Astronomia é a ciência que estuda os corpos celestes, tais como planetas, asteroides, cometas, estrelas, galáxias, entre outros. Estuda ainda, o conjunto dos corpos celestes e a relação entre eles, ou seja, o universo, passando a ser denominada de cosmologia.

               O estudo da astronomia no Brasil tem início antes da chegado dos colonizadores portugueses ao país. Os índios, que aqui habitavam, já carregavam consigo conteúdos astronômicos que eram ensinados de geração em geração. Assim, a Astronomia e o seu ensino já existiam no país antes da presença do ‘homem branco’. Por exemplo, o grupo indígena Apinajé realiza um ritual para comemorar a passagem do Sol de um hemisfério para outro (NEVES e ARGUELLO, 1986).

           O interesse do Brasil pela exploração do espaço só foi oficializado em 1961, com a criação da CNAE, precursora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Desde o início esse órgão público federal cooperou com agências espaciais estrangeiras e instalou estações para receber e processar dados de satélites científicos e meteorológicos. Com o tempo, o Brasil tornou-se um dos maiores usuários de imagens da Terra transmitidas por satélites, e desenvolveu técnicas próprias para sua utilização. Através da Embratel, o país também foi um dos primeiros países a usar comunicações por satélites (CARLEIAL, 1999). 

          Antes da concepção de universo que possuímos hoje, houveram outras que foram sendo superadas a partir do desenvolvimento científico. No século XVI imperava o modelo geocêntrico, tendo como principal referência Aristóteles e Ptolomeu. Que desenvolveram a tese aristotélica-ptolomaica, que conferia a seguinte conformação ao universo: a Terra estava imóvel no centro do universo; o mundo era finito e dividido em duas regiões, sublunar, no qual o movimento existente é retilíneo, para cima a partir do centro e para baixo em direção ao centro. Na região lunar ou celeste, o movimento é eterno e natural, no qual o Sol e os outros planetas desenvolvem uma trajetória circular e infinita em torno da Terra; existem oito esferas, onde os planetas desenvolvem suas trajetórias. Na última esfera estão as estrelas que permanecem fixas no firmamento (LOPES, 2010).

                A tese de Aristóteles e Ptolomeu soa como verdadeira se considerarmos as condições materiais que eles dispunham na época e as pressões religiosas. É importante observar a consideração dada para a interpretação da Bíblia, que parecia sugerir, a partir de uma leitura mais superficial, um universo centrado na Terra (geocêntrico) (MCGRATH, 2005). Buscando posicionar o planeta Terra que comporta o homem enquanto criação divina no centro do universo, em Eclesiastes 1: 5 diz que o Sol se move no céu, "O Sol se levanta, o Sol se põe, voltando depressa para o lugar de onde novamente se levantará" (BÍBLIA, Eclesiastes, 1, 5). Segundo o pensamento da época, dando indícios de que a Terra permaneceria parada e centralizada. 

          Copérnico utiliza argumentos geométricos e matemáticos, simplificados, para apresentar o movimento rotacional da Terra em torno do Sol. Marcando um ponto de ruptura com a tradição aristotélica-ptolomaica, que defende a Terra no  centro  do  Universo.  Contudo, o heliocentrismo  ganhou  destaque  somente  no  século  seguinte  com  as  reflexões  de  Kepler  e Galileu  Galilei,  que  resultaram  numa  nova  abordagem  e  num  novo  ramo  do  saber,  a  ciência moderna, levando a distinção entre ciência e filosofia (LOPES, 2010).

Sugestão de atividade:

A partir da observação das imagens representativas dos modelos geocêntrico e heliocêntrico, indique quais indícios existem atualmente que garantem a autenticidade da teoria heliocêntrica?

 

 

 

 

 

 

 

 

Referências

BÍBLIA, A. T. Eclesiastes. In BÍBLIA. Português. Sagrada Bíblia: Edição Pastoral: Antigo e Novo Testamentos. Tradução de Ivo Storniolo e Euclides Martins Balancin. São Paulo: Paulus, 1990. p. 817.

CARLEIAL, A. B. Uma breve história da conquista espacial. Parcerias estratégicas. V. 4. n. 7, 1999. Disponível em: http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/viewFile/78/70. Acesso em: 20 de jul. de 2020.

LOPES, I. C. Giordano Bruno: Crítica ao Geocentrismo e Defesa Universo Infinito. SABERES, Natal – RN, v. 3, número especial, dez. 2010.

MCGRATH, A. E. Fundamentos do diálogo entre ciência e religião. Edicoes Loyola, 2005.

NEVES, M. C. D.; ARGUELLO, C. A. Astronomia de régua e compasso: de Kepler a Ptolomeu. Campinas, São Paulo: Papirus, 1986.

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Ilustração do modelo geocêntrico

Ilustração do modelo heliocêntrico

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